A penca, também conhecida por couve portuguesa ou tronchuda, tem várias origens e cada um “puxa a
Umas e outras, têm naturalmente características muito próprias devido às condições e climáticas o que lhes confere sabores particulares e muito apetitosos.
Relíquia da gastronomia das famílias de Portugal, as couves tronchudas enchem os tachos e as panelas em diferentes épocas do ano e dão mais cor ao Natal, sendo parceiras regulares do fiel amigo, o bacalhau!
As couves, devido ao seu alto e valioso valor nutricional são um dos principais legumes utilizados na medicina tradicional desde a antiguidade.
Nas antigas civilizações da Grécia e Roma costumava-se comer couve antes de uma refeição farta, ou simplesmente para prevenir doenças do estômago ou uma indisposição.
No Egipto era prática comum ingerir algumas folhas de couve em vinagre antes de um grande banquete ou festa, com o fim de prevenir uma eventual ressaca.
No final da idade média, a couve era utilizada para a cura de diferentes males, e havia ainda a ideia de se comer couve diariamente evitaria o aparecimento de doenças.
No final da idade média, a couve era utilizada para a cura de diferentes males, e havia ainda a ideia de se comer couve diariamente evitaria o aparecimento de doenças.
Estudos e investigação nesta área revelaram que a utilização das couves para a cura e prevenção de certas doenças é realmente eficaz devido à sua composição nutricional e por ser um anti-inflamatório, antibiótico e anti-irritante natural.
Atualmente a couve ainda é utilizada com alguma regularidade nas seguintes situações:
- Evitar ressacas (deve-se consumir couve com vinagre antes de se ingerir álcool, alguns países inclusive utilizam a couve como aperitivo em bares.);
- Aliviar a prisão de ventre (para aliviar a prisão de ventre deve-se consumir pratos com couve cozida.);
- Evitar má disposição (deve-se consumir algumas folhas de couve crua ou cozida antes de uma refeição pesada.);
- Curar e aliviar a dor de úlceras gástricas (a receita tradicional para as úlceras é a de 1L de sumo de couve durante 8 dias. Contudo esta prática não deve ultrapassar os 8 dias, nem deve ser mais de um litro pois este sumo pode inibir o organismo de absorver o ferro e consequentemente criar uma anemia.);
- Cortes e feridas (para uma cicatrização rápida deverá aplicar-se uma folha de couve fresca sobre a ferida.);
- Dores, inchaço e feridas no peito devido à amamentação (em caso de uma amamentação dolorosa, para aliviar a dor e o inchaço, deve-se abrir ao meio os caules e os veios das folhas e aplicar sobre a zona afectada.);
- Prevenir e curar constipações e gripes (a couve é por excelência uma fonte de vitamina C, contudo para prevenir gripes e constipações tem que ser consumida crua pois ao ser cozinhada perde quase metade da grande quantidade de vitamina C que possui)
Há já alguns anos que a couve tem vindo a ser utilizada pelos praticantes de medicina tradicional, como homeopatas, no tratamento do cancro através da dieta. Mas foi recentemente que estudos levados a cabo no Japão e EUA mostraram que a couve é realmente eficaz na prevenção de certos tipos de cancro, como o do cólon e cancros da mama e dos ovários pois estimula o metabolismo das mulheres.
Outro estudo levado a cabo recentemente em Lyon, França, veio comprovar que comer pelo menos uma vez por semana couve ou brócolos previne o cancro do pulmão em 70% dos indivíduos, pois estes vegetais são ricos em isothiocyanate, um químico natural que protege contra este cancro.
Por fim, Investigadores da Universidade Nacional de Seoul, Coreia do Sul, após alimentarem com couve chinesa (napa) 13 aves contaminadas com o vírus da gripe das aves constataram surpreendentemente que em 1 semana 11 das 13 aves recuperaram.
A couve é rica em vitamina A (indispensável para a vista e para a pele), vitamina C, K e algumas do complexo B. Também é rica em cálcio (oferece tanto quanto o leite), fósforo e ferro, minerais muito importantes para a formação e manutenção dos ossos e dentes. Além disso, contém bastante celulose, uma substância óptima para o funcionamento do intestino.
Propriedades medicinais: anti-helmíntica, anti-reumática, aperiente, béquica, cicatrizante, condicionante, estimulante, expectorante, fortalecedora.
Indicações: acalmar cólicas (sementes), artrite, bronquite (ajudar), asma, catarro, cicatrizar úlcera gástrica e duodenal, desinfetar o intestino, diminuir desejo por bebidas alcoólicas, doenças inflamatórias da pele, dores (ciáticas, reumáticas, nevrálgicas, de gota), estimular o apetite, febre, fortificar crianças em fase de crescimento, gota, prisão de ventre, reumatismo, seborreia do couro cabeludo, tosse, vermes.